Foto: Aline Pereira
A Comissão Especial de Estudo das UPAs, que investiga o atraso nas obras e entregas das Unidades de Pronto Atendimento, realizou mais uma reunião na Câmara Municipal com trasmissão ao vivo pela TV Câmara.
Presidida pelo vereador Elizeu Rocha (PP), a CEE ouviu o engenheiro responsável à época pelo projeto da UPA Norte, sr. Clodoaldo Saad Franklin e o atual Secretário Municipal de Saúde, dr. Sandro Scarpelini.
De acordo com Clodoaldo, primeiro a dar depoimento, a Secretaria Municipal de Obras rejeitou o projeto apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde, para a construção da UPA Norte. O engenheiro citou erros no projeto e garantiu que caso tudo estivesse ocorrido da forma correta, a obra já estaria pronta. “A saúde devia parar de brincar de fazer obras e cuidar só da saúde de Ribeirão, tudo isso estamos pagando hoje porque não fomos ouvidos no passado”, concluiu.
Na época, mesmo com a rejeição do projeto, a Secretaria da Saúde decidiu continuar a obra para não perder verbas federais, o que acarretou em aditamentos que chegaram à 500 mil reais. Era para ter sido entregue em junho de 2015 e hoje o prédio, apenas com 54% da obra concluída, mantem um guarda da construtora Pafil para que não haja prejuízos ao patrimônio.
O segundo a ser ouvido foi o atual secretário municipal de saúde, dr. Sandro Scarpelini que sugeriu a necessidade de contratar uma auditoria para resolver tudo que falta com relação ao projeto da UPA Norte, medida que foi imediamente rejeitada pelo presidente da CEE, vereador Elizeu Rocha. “O senhor já teve três engenheiros envolvidos responsáveis por esse projeto, não podemos mais gastar nenhum centavo com isso. Precisamos agora de ações concretas porque essa unidade faz muita falta à população”.
Pressionado por datas e prazos, o secretário garantiu à CEE que a UPA Sumarezinho, que está com o prédio pronto, deve ser inaugurada e entrará em funcionamento até o meio do ano que vem. Apenas esperando a contratação de uma O.S.
Com relação à UPA Norte, que vai precisar de nova licitação, visto que o contrato com a construtora Pafil venceu em novembro de 2016, a secretaria pretende terminar as obras até o final de 2018, para que a unidade entre em funcionamento em 2019. Com previsão de gasto mensal de 2,5 milhões de reais.
Já a UPA Vila Virgínia que tem local e projeto prontos, a posição da secretaria é buscar em Brasília apoio para não perder a verba porque todos os prazos do Ministério da Saúde já foram perdidos e agora Ribeirão deve contar com intervenção política para que a obra seja realizada na cidade.
(Com informações gabinete vereador Elizeu Rocha)
